quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Guia das Profissões da Folha de S. Paulo classifica a carreira de Relações Públicas como uma das 10 mais promissoras


Fonte: Folha de S.Paulo - São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008


RELAÇÕES PÚBLICAS: Profissional cuida da reputação das empresas

Função tornou-se mais estratégica e valorizada nos últimos anos


CRISTINA MORENO DE CASTROCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As relações públicas são como uma cesta básica, tão importante quanto feijão e arroz, para o país, as empresas e as pessoas. Quem "vende essa idéia" - no jargão da área - é Paulo Nassar, diretor-geral da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial).

O profissional que coordena essa área responde pela comunicação interna com os funcionários da empresa, assessoria à imprensa e busca de políticas de integração com todos os outros públicos que se relacionam com a instituição.

As maiores empresas instaladas no Brasil incorporaram essa "cesta básica" em seu quadro estratégico de uns anos para cá, aumentando as contratações e os salários do setor. Segundo pesquisa inédita feita pela Aberje com essas empresas, analistas de comunicação ganham em média por mês R$ 2.800 -enquanto o salário de diretores da área costuma superar os R$ 30 mil mensais.

"Quem cuida da comunicação organizacional é responsável pela gestão da imagem e da reputação da empresa. E isso hoje é irreversível. Esse boom não é só uma tendência de moda", diz a professora de comunicação empresarial da ESPM, Isolda Cremonine.Graduado em jornalismo, mestre e doutor em relações públicas pela USP, Nassar quer deixar claro que o que está em alta é todo o campo em que vários profissionais -inclusive os relações-públicas- atuam: o da comunicação de organizações.

Mas, para quem quiser pegar o bonde na frente, o curso de relações públicas facilita o ingresso no setor. "Quem faz o curso em nível de graduação já começa com uma vantagem competitiva, com sua formação no campo da atividade relacional. Quem não teve essa formação está procurando ter já num nível de pós-graduação", diz.

Formado em 2006, o paulistano Bruno Carramenha, 23, é exemplo dessa vantagem. Ele faz estágios desde o primeiro ano de faculdade e nunca esteve desempregado. Hoje trabalha na agência de relações públicas LVBA, que atende a empresas do porte de Nokia, Warner e Bayer. Ele afirma que a situação dos colegas também é boa. "Do meu grupo da faculdade, todos estão empregados."

Os estudantes costumam aprender noções de administração, psicologia social, marketing, opinião pública e recursos humanos -currículo que atraiu Milena Cândido, 18. Ela trocou artes cênicas por relações públicas. "Acho que terei mais oportunidades."


SAIBA MAIS

LIVROS "Tudo é Comunicação", Paulo Nassar

"Relações Públicas e Modernidade", Margarida Kunsch FILMES"Hancock" (2008)"Mera Coincidência" (1997)


CURSO: 4 anos

R$ 1.543 é o piso salarial, diz o sindicato dos relações-públicas de SP

"Curso traz facilidade para lidar com crises"

Elisa Prado, 46, não teve sorte ao se formar em relações públicas, há 25 anos: demorou um ano e meio para conseguir trabalhar em sua área, que era "fechada". Hoje dirige a comunicação da TetraPak na América Latina.


FOLHA - Como a sra. vê essa área nos próximos anos?

PRADO - Sinto que está desenvolvendo muito. Antes era muito menos estratégica e mais tática. Hoje está se tornando cada vez mais estratégica. Terá cada vez mais importância nas empresas.


FOLHA - Há alguma vantagem para quem se graduou em relações públicas?

PRADO - O curso traz facilidade para lidar com todas as questões que aparecem dentro da empresa e com gerenciamento de crises. Coisas que você não vai ter conhecimento se fizer publicidade ou jornalismo. Talvez esse seja o grande diferencial.


Pergunta vestibulanda

MILENA CÂNDIDO - Como é seu dia-a-dia?

PRADO - Leio pelo menos três jornais por dia. Como é uma empresa global, preciso estar sempre fora do país acompanhando projetos, coordenando equipes na América Latina. E, praticamente duas vezes por semana, vou a eventos.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Economia da atenção

Nas ruas nos deparamos com diversas interfaces de comunicação. Outdoors, rádio, mensagem nos celulares, internet, televisores nos metrôs e elevadores. Enfim, temos um mundo congestionado de informação e receptores com escassez de tempo para atenção.

Thomas H. Daveport fala em seu livro “The Attention Economy: Understanding the New Currency of Business”, de 2002, sobre importância para as empresas em aprender a entender e gerenciar a atenção. Ele mostra algumas situações que comprovam que o enorme volume de informação disponível atualmente não atinge seu objetivo, já que há falta de tempo para serem assimiladas. Ele afirma que o grande desafio para um negócio ser bem sucedido é a sua capacidade em chamar e manter a atenção de seus consumidores.


Numa época onde existe a economia da atenção, temos que pensar em conteúdos e interfaces diferenciadas para atingir o interlocutor. Mas, acima de tudo, precisamos entender o funcionamento da compressão das mensagens pelos receptores.


De que adiantaria utilizar uma interface digital de última geração, se para o receptor a informação tiver uma capacidade de atenção baixa? A mensagem pode ser gerada e enviada de diversas formas e meios, mas só atingirá um lugar: a mente humana. Por isso, compreender como a mensagem chega ao receptor e como ela é processada no cérebro humano é essencial.


Precisamos entender como adquirimos novos conhecimentos e como isso será representado em nossas mentes. O “processo ou faculdade de se adquirir conhecimento” (Dicionário Houaiss) é chamado de Cognição.


O processo cognitivo é complexo e exige que um profissional de comunicação o compreenda para que ao enviar uma mensagem, consiga conquistar seus objetivos.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Transmitir, compreender

Neste semestre estou cursando a disciplina “Interfaces Digitais”. Confesso que no início achei o meu professor um pouco “maluco”. Porém, as últimas aulas me deram uma sacudida. Como ele mesmo disse: “Quero tirar o chão de vocês”. E não é que ele conseguiu?

O primeiro choque foi descobrir que sei muito pouco sobre a mente humana. E por que deveria saber sobre ela? Simples. Existem milhões de formas de enviar uma mensagem, mas o receptor é somente um: o cérebro.

Na aula, falamos sobre física, psicologia, neurolinguística. Parece complexo, mas foi maravilhoso.
Se comunicar é transmitir uma mensagem. Para transmitir, é preciso antes tudo compreender o ser humano.
Para entender um pouco, assista: “Quem somos nós” (What The Bleep do we Know?, 2005).




quinta-feira, 17 de julho de 2008

Consumidores ou consumidos?


Consumismo é o ato de consumir sem consciência. Com que pensamento consumimos hoje?


Para fazermos parte de grupos ou tribos, somos identificados pelo que consumimos. Roupas, sapatos, restaurantes e perfumes. Tudo isso muitas vezes define quem somos e a qual grupo pertencemos.


A mídia possui forte influencia no poder decisão do consumidor (ou do consumido). Uma cerveja pode fazer de você uma pessoa popular, comer em determinado restaurante te faz uma pessoa mais feliz e rodeada de amigos, usar determinada marca de tênis fará com que as pessoas “percebam” que você é um atleta.


Será que consumimos o que necessitamos ou para pertencermos a alguma tribo?

sexta-feira, 4 de julho de 2008

E agora, imprensa?


Uma frase de Bill Gates me fez pensar mais sobre o jornalismo nos dias de hoje: "Então é justo dizer que o que está acontecendo hoje é como a chegada da imprensa escrita, do telefone ou do rádio. E essas ferramentas de comunicação tiveram efeitos penetrantes. Elas fizeram do mundo um lugar menor. Elas permitiram que a ciência fosse feita de forma mais eficiente. Eles permitiram que a política fosse feita de uma nova maneira. Elas tiveram um impacto modesto na forma como as pessoas eram educadas, mas as pessoas eram otimistas em achar que podiam fazer uma grande mudança. Agora, o computador pessoal conectado à Internet é muito mais poderoso, em muitas formas, do que qualquer um destes dispositivos de comunicação." - Harvard Conference on Internet Society, 29 de maio de 1996, Cambridge, Massachusetts (EUA).

Apresar de ele ter dito isso há mais de 10 anos atrás, percebo a importância do computador doméstico conectado à internet. Hoje podemos nos expressar, podemos noticiar. Não precisamos mais acreditar que toda a verdade está no jornalismo tradicional.

Isso me faz refletir ainda mais... Qual será o futuro da imprensa?

quinta-feira, 5 de junho de 2008

RP faz o que?


Relações Públicas é uma profissão relativamente nova. Poucas pessoas sabem o que realmente faz um profissional de RP.

Os alunos da faculdade UNISO criaram um vídeo interessante sobre as funções de RP.

Para quem quer saber mais, indico o livro "Planejamento de Relações Públicas", escrito por umas das mais reconhecidas acadêmicas de RP Margarida Maria Krohling Kunsch

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Manipulação

Até que ponto somos manipulados pelos meios de comunicação? Encontrei esse vídeo no You Tube. É uma paródia do Matrix, mostrando a manipulação da Globo e da Veja. Achei bem interessante.

http://www.youtube.com/watch?v=eUiFcUMzNvU

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A novela continua...


Esta história já rendeu mais que último capítulo de novela mexicana. Quem matou a pequena Isabella?

A coluna "Outro Canal", da Folha de S. Paulo, de hoje, traz um dado interessante: "Telejornais crescem até 46% com caso Isabella ".

Pois é, o Brasil que ver, rever e ver de novo, informações sobre o caso que até agora está sem solução.

Todos ficamos muito sensibilizados com a história, mas quando ligar a TV, e perceber que grande parte das emissoras estão falando sobre esse caso e deixando de abordar outras notícias que também são importantes, não reclame. Nós estamos pedindo por isso.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Julgamento fora dos tribunais


Em 1994, a imprensa publicou uma série reportagens sobre seis pessoas que estariam envolvidas no abuso sexual de crianças, todas alunas da Escola Base, localizada no bairro da Aclimação, na capital. Os seis acusados eram os donos, funcionários e um casal de pais de alunos.

Sem saber da veracidade das informações, essas foram divulgadas na imprensa. O que aconteceu? Os donos da escola chegaram a ser presos e tiveram suas vidas arruinadas pela imprensa e pela população.

Hoje, acompanhamos o caso da pequena Isabella, que foi assassinada. Será que a imprensa tem agido da mesma forma, indicando alguns culpados em busca de uma imprensa sensacionalista?

O que estou lendo

Para a disciplina "Mídia e Poder", estou lendo A mídia nas eleições 2006. O livro está muito interessante, ele faz uma análise do comportamento da mídia durante as eleições e aborta o quanto o 4° poder influenciou na decisão do eleitor.
Abaixo está o texto de orelha do livro.

Para vários estudiosos, a grave crise política de 2005 e as eleições presidenciais de 2006 marcam uma ruptura na relação histórica existente entre a grande mídia e a política eleitoral no Brasil. Nas comemorações populares após o segundo turno das eleições de 2006, surgiram faixas nas ruas com os dizeres “O povo venceu a mídia” e há avaliações sérias que consideram a grande mídia como a principal derrotada no processo eleitoral.

Ao contrário de outras eleições, há um relativo consenso entre jornalistas e pesquisadores, acadêmicos ou não, de que em 2006 o candidato eleito não foi o preferido pelos principais grupos de mídia do país.

A mídia nas eleições de 2006 é uma tentativa de capturar o significado mais amplo das eleições presidenciais, analisando o papel da mídia no processo eleitoral e registrando os resultados do acompanhamento da cobertura jornalística realizada por diferentes instituições.

Para realizar este objetivo, o livro reúne 16 autores em torno de três questões fundamentais: como foi a cobertura das eleições na mídia?, qual foi o papel da mídia? e o que é necessário fazer? para mudar o quadro atual.

As respostas obtidas indicam que o processo eleitoral brasileiro de 2006 será lembrado e estudado, entre outras características, por ter sido aquele em que houve forte desequilíbrio na cobertura jornalística dos principais candidatos à presidência da República, verificado por instituições independentes de pesquisa; por haver prevalecido uma atitude de hostilidade ao candidato Lula entre os jornalistas da grande mídia; por um descolamento entre a opinião dominante na mídia e a opinião da maioria dos eleitores; pelo sensível aumento da importância de sites e blogs no debate eleitoral; pela entrada da mídia na agenda pública de discussão; pela colocação da credibilidade da grande mídia em questão e pela crescente organização da sociedade civil provocando a emergência de uma série de novas mediações que diminuíram o poder de influência direta da grande mídia sobre boa parte dos eleitores.

Acreditamos que este livro ajuda a compreender alguns momentos decisivos da relação da mídia com o processo eleitoral de 2006, além de também buscar contribuir no encaminhamento de possíveis soluções para se avançar democraticamente nesta relação.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O poder das mídias 2.0

As mídias 2.0 conquistam cada vez mais poder nas redes. Se antes os meios de comunicação tinham o poder criar uma imagem ou um conceito, hoje esse poder está nas mão da mídia contributiva.

Um exemplo concreto (concreto ou virtual?) disso estão nos sites de vendas como Amazon (um dos maiores do mundo). Através desses sites, o cliente pode observar a opinião de outros clientes sobre o produto oferecido e até mesmo sobre a qualidade dos serviços prestados por essas empresas.

No site da Amazon, ao fazermos um busca sobre “IPod shuffle (Apple)”, encontramos 171 opiniões de clientes sobre o produto, divididas em positivas e negativas. Já imaginou se antes de adquirir um IPod da Apple, você pudesse saber quais são as vantagens e desvantagens desse aparelho? Isso é possível, e sem enganações, já que foi deito por quem adquiriu ou conhece o produto. Em um texto bem longo, um dos mais de 150 clientes, descreveu tudo que pensa sobre esse IPod e ainda fez um resumo com os prós e os contras:

Pros
- Newly lowered price!!!!
- Compact and functional design
- Nicely integrated clip - No case needed!
- Great family of Apple accessories
- Great for those already used to iTunes
- Included in-ear headphones are great for a starter pair
- Lots of great color options (silver, green, purple, blue)
- Highly durable player
- Apple brand and reputation

Cons
- Still a premium price compared to competing players (total $ and $ per gigabyte)
- Competing products offer more features, including fm radio and voice recording
- No screen to view track names
- Difficult to control / select tracks via playlists
- Proprietary dock / jack for syncing - Small capacity (1GB) with no expandability
- Limited native file format support in iTunes (MP3, AAC), though you can easily convert
- No drag and drop music control - Non iTunes fans are still forced to deal with software limitations

(http://www.amazon.com/review/RKT6987ERTMVJ/ref=cm_cr_pr_viewpnt#RKT6987ERTMVJ)

A opinião das “pessoas” para as “outras pessoas”, em sites de vendas e em mídias colaborativas, é tão importante para os negócios das corporações, que já existe um serviço que analisa o que os consumidores estão publicando sobre as empresas.

Veja a matéria publicada pelo site IDG Now:

Ferramenta permite avaliação de opiniões online sobre produtos e serviços
Por Redação do Computerworld
Publicada em 28 de março de 2008 às 09h19
Atualizada em 28 de março de 2008 às 10h07
São Paulo - Serviço analisa o que os consumidores publicaram sobre empresas em redes sociais e sites corporativos e respostas a conteúdo.
Um novo serviço hospedado lançado esta semana permitirá que as companhias absorvam a “inteligência do consumidor” através de conteúdo publicado sobre elas por seus clientes em diversas redes sociais, juntamente com as respostas a esse conteúdo.
Batizado 'Customer Insight Platform', o serviço da Networked Insights utiliza o processamento de linguagem natural para medir a interação e envolvimento dos consumidores com as comunidades online operadas por uma empresa e em redes sociais, como o MySpace.
Os dados colhidos por essa ferramenta ajudarão as companhias a entenderem melhor como os consumidores e potenciais clientes se sentem em relação a seus produtos e serviços, explica DanielNeely, CEO da Networked Insights. As empresas podem utilizar esses dados para aprimorar produtos, lançar novos serviços ou até alterar suas práticas de marketing e serviços ao consumidor, acrescenta.
“Mídia social implica fazer coisas baseadas em uma abordagem mensurável”, diz Neely. As companhias entendem que existe comprometimento com elas em sites pela internet, mas elas precisam “descobrir como medir isso”, avalia o executivo. “Seus clientes estão se comprometendo com áreas específicas, e é nelas que você deveria investir seus dólares”, aconselha.
Por exemplo, uma empresa de bebida alcoólica pode usar a ferramenta para monitorar discussões em uma rede social sobre sua marca de whisky para entender se ela é vista positiva ou negativamente. A companhia também poderia usar as informações de posts que expressem as dificuldades dos consumidores no momento de escolher uma marca de bebidas, e explorar essas informações em campanhas de marketing.
A ferramenta da Networked Insights vai além da simples identificação de tópicos relacionados a uma companhia através da busca pelo nome da empresa ou de seu produto, observa Neely. O serviço mergulha em qualquer interação que mencione a companhia ou alguma de suas marcas.Neely exemplifica: um simples post sobre um produto pode não trazer muito valor para uma empresa. No entanto, se esse simples post gerar uma série de comentários e circular entre internautas de diferentes regiões, por exemplo, ele pode indicar um alto nível de interesse.
Um varejista online poderia utilizar o serviço para analisar o conteúdo de uma rede social que mostre o interesse típico de consumidores com base em seus dados demográficos, acrescenta Neely. Profissionais de departamentos de atendimento ao cliente poderiam então tentar vender mais produtos a esses consumidores com base nos interesses descobertos pela ferramenta.
http://idgnow.uol.com.br/internet/2008/03/28/ferramenta-permite-avaliacao-de-opinioes-online-sobre-produtos-e-servicos/