sexta-feira, 18 de abril de 2008

A novela continua...


Esta história já rendeu mais que último capítulo de novela mexicana. Quem matou a pequena Isabella?

A coluna "Outro Canal", da Folha de S. Paulo, de hoje, traz um dado interessante: "Telejornais crescem até 46% com caso Isabella ".

Pois é, o Brasil que ver, rever e ver de novo, informações sobre o caso que até agora está sem solução.

Todos ficamos muito sensibilizados com a história, mas quando ligar a TV, e perceber que grande parte das emissoras estão falando sobre esse caso e deixando de abordar outras notícias que também são importantes, não reclame. Nós estamos pedindo por isso.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Julgamento fora dos tribunais


Em 1994, a imprensa publicou uma série reportagens sobre seis pessoas que estariam envolvidas no abuso sexual de crianças, todas alunas da Escola Base, localizada no bairro da Aclimação, na capital. Os seis acusados eram os donos, funcionários e um casal de pais de alunos.

Sem saber da veracidade das informações, essas foram divulgadas na imprensa. O que aconteceu? Os donos da escola chegaram a ser presos e tiveram suas vidas arruinadas pela imprensa e pela população.

Hoje, acompanhamos o caso da pequena Isabella, que foi assassinada. Será que a imprensa tem agido da mesma forma, indicando alguns culpados em busca de uma imprensa sensacionalista?

O que estou lendo

Para a disciplina "Mídia e Poder", estou lendo A mídia nas eleições 2006. O livro está muito interessante, ele faz uma análise do comportamento da mídia durante as eleições e aborta o quanto o 4° poder influenciou na decisão do eleitor.
Abaixo está o texto de orelha do livro.

Para vários estudiosos, a grave crise política de 2005 e as eleições presidenciais de 2006 marcam uma ruptura na relação histórica existente entre a grande mídia e a política eleitoral no Brasil. Nas comemorações populares após o segundo turno das eleições de 2006, surgiram faixas nas ruas com os dizeres “O povo venceu a mídia” e há avaliações sérias que consideram a grande mídia como a principal derrotada no processo eleitoral.

Ao contrário de outras eleições, há um relativo consenso entre jornalistas e pesquisadores, acadêmicos ou não, de que em 2006 o candidato eleito não foi o preferido pelos principais grupos de mídia do país.

A mídia nas eleições de 2006 é uma tentativa de capturar o significado mais amplo das eleições presidenciais, analisando o papel da mídia no processo eleitoral e registrando os resultados do acompanhamento da cobertura jornalística realizada por diferentes instituições.

Para realizar este objetivo, o livro reúne 16 autores em torno de três questões fundamentais: como foi a cobertura das eleições na mídia?, qual foi o papel da mídia? e o que é necessário fazer? para mudar o quadro atual.

As respostas obtidas indicam que o processo eleitoral brasileiro de 2006 será lembrado e estudado, entre outras características, por ter sido aquele em que houve forte desequilíbrio na cobertura jornalística dos principais candidatos à presidência da República, verificado por instituições independentes de pesquisa; por haver prevalecido uma atitude de hostilidade ao candidato Lula entre os jornalistas da grande mídia; por um descolamento entre a opinião dominante na mídia e a opinião da maioria dos eleitores; pelo sensível aumento da importância de sites e blogs no debate eleitoral; pela entrada da mídia na agenda pública de discussão; pela colocação da credibilidade da grande mídia em questão e pela crescente organização da sociedade civil provocando a emergência de uma série de novas mediações que diminuíram o poder de influência direta da grande mídia sobre boa parte dos eleitores.

Acreditamos que este livro ajuda a compreender alguns momentos decisivos da relação da mídia com o processo eleitoral de 2006, além de também buscar contribuir no encaminhamento de possíveis soluções para se avançar democraticamente nesta relação.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O poder das mídias 2.0

As mídias 2.0 conquistam cada vez mais poder nas redes. Se antes os meios de comunicação tinham o poder criar uma imagem ou um conceito, hoje esse poder está nas mão da mídia contributiva.

Um exemplo concreto (concreto ou virtual?) disso estão nos sites de vendas como Amazon (um dos maiores do mundo). Através desses sites, o cliente pode observar a opinião de outros clientes sobre o produto oferecido e até mesmo sobre a qualidade dos serviços prestados por essas empresas.

No site da Amazon, ao fazermos um busca sobre “IPod shuffle (Apple)”, encontramos 171 opiniões de clientes sobre o produto, divididas em positivas e negativas. Já imaginou se antes de adquirir um IPod da Apple, você pudesse saber quais são as vantagens e desvantagens desse aparelho? Isso é possível, e sem enganações, já que foi deito por quem adquiriu ou conhece o produto. Em um texto bem longo, um dos mais de 150 clientes, descreveu tudo que pensa sobre esse IPod e ainda fez um resumo com os prós e os contras:

Pros
- Newly lowered price!!!!
- Compact and functional design
- Nicely integrated clip - No case needed!
- Great family of Apple accessories
- Great for those already used to iTunes
- Included in-ear headphones are great for a starter pair
- Lots of great color options (silver, green, purple, blue)
- Highly durable player
- Apple brand and reputation

Cons
- Still a premium price compared to competing players (total $ and $ per gigabyte)
- Competing products offer more features, including fm radio and voice recording
- No screen to view track names
- Difficult to control / select tracks via playlists
- Proprietary dock / jack for syncing - Small capacity (1GB) with no expandability
- Limited native file format support in iTunes (MP3, AAC), though you can easily convert
- No drag and drop music control - Non iTunes fans are still forced to deal with software limitations

(http://www.amazon.com/review/RKT6987ERTMVJ/ref=cm_cr_pr_viewpnt#RKT6987ERTMVJ)

A opinião das “pessoas” para as “outras pessoas”, em sites de vendas e em mídias colaborativas, é tão importante para os negócios das corporações, que já existe um serviço que analisa o que os consumidores estão publicando sobre as empresas.

Veja a matéria publicada pelo site IDG Now:

Ferramenta permite avaliação de opiniões online sobre produtos e serviços
Por Redação do Computerworld
Publicada em 28 de março de 2008 às 09h19
Atualizada em 28 de março de 2008 às 10h07
São Paulo - Serviço analisa o que os consumidores publicaram sobre empresas em redes sociais e sites corporativos e respostas a conteúdo.
Um novo serviço hospedado lançado esta semana permitirá que as companhias absorvam a “inteligência do consumidor” através de conteúdo publicado sobre elas por seus clientes em diversas redes sociais, juntamente com as respostas a esse conteúdo.
Batizado 'Customer Insight Platform', o serviço da Networked Insights utiliza o processamento de linguagem natural para medir a interação e envolvimento dos consumidores com as comunidades online operadas por uma empresa e em redes sociais, como o MySpace.
Os dados colhidos por essa ferramenta ajudarão as companhias a entenderem melhor como os consumidores e potenciais clientes se sentem em relação a seus produtos e serviços, explica DanielNeely, CEO da Networked Insights. As empresas podem utilizar esses dados para aprimorar produtos, lançar novos serviços ou até alterar suas práticas de marketing e serviços ao consumidor, acrescenta.
“Mídia social implica fazer coisas baseadas em uma abordagem mensurável”, diz Neely. As companhias entendem que existe comprometimento com elas em sites pela internet, mas elas precisam “descobrir como medir isso”, avalia o executivo. “Seus clientes estão se comprometendo com áreas específicas, e é nelas que você deveria investir seus dólares”, aconselha.
Por exemplo, uma empresa de bebida alcoólica pode usar a ferramenta para monitorar discussões em uma rede social sobre sua marca de whisky para entender se ela é vista positiva ou negativamente. A companhia também poderia usar as informações de posts que expressem as dificuldades dos consumidores no momento de escolher uma marca de bebidas, e explorar essas informações em campanhas de marketing.
A ferramenta da Networked Insights vai além da simples identificação de tópicos relacionados a uma companhia através da busca pelo nome da empresa ou de seu produto, observa Neely. O serviço mergulha em qualquer interação que mencione a companhia ou alguma de suas marcas.Neely exemplifica: um simples post sobre um produto pode não trazer muito valor para uma empresa. No entanto, se esse simples post gerar uma série de comentários e circular entre internautas de diferentes regiões, por exemplo, ele pode indicar um alto nível de interesse.
Um varejista online poderia utilizar o serviço para analisar o conteúdo de uma rede social que mostre o interesse típico de consumidores com base em seus dados demográficos, acrescenta Neely. Profissionais de departamentos de atendimento ao cliente poderiam então tentar vender mais produtos a esses consumidores com base nos interesses descobertos pela ferramenta.
http://idgnow.uol.com.br/internet/2008/03/28/ferramenta-permite-avaliacao-de-opinioes-online-sobre-produtos-e-servicos/