quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Espiral do Silêncio


Você gosta de novela? Sertanejo? Torce pra Lusa? Você admitiria isso para os diretores da sua empresa ou dentro de uma comunidade acadêmica? Não?


Segundo Elisabeth Noelle-Neumann as pessoas que dentro de um grupo possuem uma opinião diferente do grupo tendem a se calar por receio de receber represália da maioria. Essa teoria, nomeada como espiral do silêncio, é agravada principalmente pelos meios de comunicação que nos dividem em grupos determinando nossa postura, nossos gostos, nossas escolhas nas roupas em que vestimos, etc.


Não há nada de errado em gostar de novela, eu mesma adoro. O que não pode acontecer é nos alienarmos e vivermos num mundo em que não existe.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

RP Por James Gruning

Durante a palestra, James Gruning deu algumas explicações sobre o que é RP e suas funções. Lá vai:

"RP é uma atividade de relacionamento com os stakeholders e não um conjunto de atividades para a transmissão de mensagens elaboradas para proteger a organização desses mesmos stekeholders"

"RP é a função gerencial única que a
uxilia um organização a interagir com os elementos sociais, políticos e institucionais de seu ambiente"

"RP criam valor para as organizações, para a sociedade, cultivando relacionamentos com stekeholders estratégicos e com seus públicos"

Já estou lendo o livro de James Gruning e recomendo...


Relações Públicas, teoria, contexto e relacionamentos
Destinado a profissionais, estudantes e professores das áreas de comunicação e relações públicas, o livro traz um compilado de teorias, práticas e experiências. Seu principal diferencial está na atualidade e relevância dos temas abordados na visão dos especialistas de âmbito nacional e internacional, trazendo um estudo completo sobre a teoria contemporânea das relações públicas como um processo de relacionamentos da organização com seus públicos.

Autores: James Gruning, Fábio França e
Maria Aparecida Ferrari
ver: www.difusaoeditora.com.b
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Parecia de mentira...


Ontem, dia 06 de agosto, foi um dia muito especial para mim. Sabe aqueles autores que são referências em nossa profissão? Nomes que vemos nos textos e nos livros mais importantes e até chegamos a pensar que autor disso tudo não existe, é uma lenda.


Pois é, ontem tive o prazer de ouvir e ver James Gruning falando com amor e propriedade sobre Relações Públicas.


O tema da palestra foi “Como sobreviver em contextos vulneráveis – As Relações Públicas como estratégia de relacionamentos”, que aos poucos vou postar aqui algumas da idéias abordadas por ele.


O objetivo do encontro foi lançar o livro Relações Públicas – Teoria, contexto e relacionamentos, que além dos conhecimentos de James Gruning, contam com a colaboração de dois super RPs: Maria Aparecida Ferrari e Fabio França.


O evento conseguiu reunir mais de mil pessoas entre alunos, professores e profissionais da área.


Que bom receber mais uma obra sobre a tão mal difundida profissão de RP!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Alicerces sólidos, comunicação sólida


Era um casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada...

O trabalho de comunicação organizacional funciona mais ou menos como a construção de uma casa. Primeiro, precisamos de bases sólidas, de alicerces que garantam a resistência da casa caso ela passe por uma forte ventania (uma crise!).


Depois, vamos escolher como será a fachada, a cor, o estilo. Tudo isso é a identidade do nosso lar. São por essas características que nossos vizinhos irão nos identificar. Nesse momento é hora de definir nosso posicionamento no mercado.

E então, estamos prontos para receber as visitas? Ainda não. Precisamos deixar bem arrumadinhos os móveis deixando um ambiente confortável, preparar todos os moradores da casa para receber com carinho e hospitalidade os convidados.

Pronto! Nossa casa está pronta para receber nossos convidados! Já podemos começar o trabalho de comunicação externa!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Para onde ir?


Hoje, lendo post do Professor Julio César Barbosa, no Blog Comunicação e Crise, fiz uma viagem no tempo.

Me lembrei do meu primeiro dia de aula na faculdade. Eu, pensando ser adulta, me deparei com Julio falando sobre Relações Públicas. Ele até tentou colocar um pânico na turma (pra variar), mas eu me apaixonei por tudo que ele disse e descobri que o que eu sabia sobre relações públicas era muito pequeno perto de todo conhecimento que o Julio e outros professores Cásper Líbero se propõe em transmitir.

No post, o Júlio fala sobre a crise que todos nós passamos, independente de nossa posição dentro de uma empresa.

Pra mim as crises são importantes para nosso crescimento profissional. Falta de reconhecimento, empresas não tão bacanas, salários baixos, promoções que nunca chegam... esses são somente alguns do motivos que me fazem querer ler mais, aprender mais, crescer mais e me tornar uma profissional cada vez melhor.

O questionamento que fica é: onde queremos chegar? Eu sei para onde vou, minha meta já está traçada.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Ideias geniais de Kassab!


Tenho que postar aqui a minha indignação com a restriçao da circulação do ônibus fretado. Até agora, eu estava gostando a administração do prefeito Gilberto Kassab, mas com uma atitude como essa não há como não mudar de opinião.

A justificativa do prefeito é: "O objetivo é organizar a circulação desses veículos para oferecer maior conforto aos passageiros e maior fluidez ao trânsito na Cidade".

Fala sério!!!!!! É só fazer contas: Os ônibus fretados transportam 110 mil pessoas diariamente em São Paulo, de acordo com a Secretaria de Transportes. As mudanças atingem aproximadamente 48 mil desses usuários. Para onde eles vão? Transporte público? Será que cabe mais alguém nos ônibus e metros?

Segundo o prefeito, o sistema de transporte público está preparado para receber os novos usuários oriundos dos ônibus fretados: “São Paulo possui 6 milhões de usuários do transporte público, e o número de usuários dos fretados que será acrescentado é de menos de 50 mil pessoas, portanto é mais que possível esse acomodamento”. Kassaaaaab!!!! Que cidade você vive? Será que já utilizou o metro em horário de pico? Eu duvido que você sobreviva a uma baldiação na Sé.

Ok, há uma segunda opção... as pessoas podem ir para o trabalho de carro! Mas o prefeito não queria diminuir o trânsito?

Ahh Kassab, sua linha de raciocínio está muito confusa para mim. Ou será que dizer que a preocupação com a poluição de São Paulo e com imenso fuxo de carros nas ruas não é a verdadeira razão para o fim do fônibus fretado?????

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O que falta? O sentimento de pertencimeto...


Recebi esse texto por e-mail. Não sei se foi realmente dito por Sam Walton, fudador da rede Wal-Mart, mas ele mostra o quão é importante a motivação, integração e treinamento dos funcionários.
De nada adianta trabalhos magníficos de publicidade ou comunicação externa se não "arrumarmos a casa" primeiro, se não nos preocuparmos com a principal interface de comunicação com os clientes: os funcionários.




Discurso de Sam Walton, fundador do WAL MART, fazendo a abertura de um programa de treinamento para seus funcionários.

" Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e pacientemente espera, enquanto o garçom faz tudo, menos o meu pedido.

Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminam suas conversas particulares.

Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca toca a buzina, mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal.

Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece estar pedindo um favor, ansiando por um sorriso ou esperando apenas ser notado.

Eu sou o homem que entra num banco e aguarda tranqüilamente que as recepcionistas e os caixas terminem de conversar com seus amigos, e espera.

Eu sou o homem que explica sua desesperada e imediata necessidade de uma peça, mas não reclama pacientemente enquanto os funcionários trocam idéias entre si ou, simplesmente abaixam a cabeça e fingem não me ver.

Você deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas.

Engana-se.

Sabe quem eu sou???

EU SOU O CLIENTE QUE NUNCA MAIS VOLTA!!!

Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos em anúncios de toda ordem, para levar-me de novo à sua firma.

Quando fui lá, pela primeira vez, tudo o que deviam ter feito era apenasa pequena gentileza, tão barata, de me enviar um pouco mais de CORTESIA".

"CLIENTES PODEM DEMITIR TODOS DE UMA EMPRESA, DO ALTO EXECUTIVO PARA BAIXO, SIMPLESMENTE GASTANDO SEU DINHEIRO EM ALGUM OUTRO LUGAR."

terça-feira, 23 de junho de 2009

Relações públicas garante primeiro Leão para o Brasil em Cannes


Agências brasileiras devem garantir hoje mais sete troféus, sendo três ouros, na categoria anúncios impressos

Marili Ribeiro

O Brasil começou bem na categoria relações públicas, que estreou este ano no Festival Internacional de Publicidade de Cannes. O País ficou com um Leão para a ação da Rede Globo que divulgou a série televisiva Mil Casmurros, baseada na obra de Machado de Assis. Em relações públicas, não há divisão entre Leões de ouro, prata e bronze. O grande vencedor nessa categoria foi a ação intitulada "O melhor emprego do mundo" (ver abaixo), para estimular o turismo em Queensland, na Austrália.

Hoje, devem ser oficializados mais sete Leões para o Brasil na categoria de anúncios impressos. São três de ouro e quatro de Bronze. No ano passado, o País obteve 14 Leões, mas apenas um de ouro. Esses resultados não indicam uma tendência clara sobre o desempenho do País no maior festival de publicidade do mundo. Publicitários que circulam pela costa francesa não acreditam que o Brasil possa repetir o volume de prêmios obtidos em 2008 - foram 41 Leões, embora neste ano a probabilidade é que os prêmios sejam mais qualificados.

A maior resistência, até o momento, vem do rigoroso comportamento adotado pelo presidente dos júris de anúncios impressos e filmes comerciais, o americano David Lubars, presidente da rede BBDO nos EUA. Essas duas categorias são muito importantes no meio publicitário, por ainda serem consideradas o coração do negócio.

Lubars tem sido duro no corte de peças nas listas prévias. O Brasil, por exemplo, emplacou apenas 28 finalistas em anúncios impressos, dos quais vão sair os sete Leões. A categoria filmes comerciais terá sua lista prelimiar divulgada apenas na quinta-feira - os jurados ainda seguem avaliando as 3.453 peças inscritas este ano.

Lubars não está sozinho nessa missão. Nos corredores do Palácio dos Festivais, onde se concentram as atividades do festival, diz-se que há uma preocupação dos organizadores do evento, o grupo inglês Emap, de valorizar as disputas.

Por isso mesmo, não surpreendeu a informação de que o júri de rádio também ter sido bastante severo na seleção. Das 1.153 peças inscritas, o júri deve anunciar hoje a premiação de apenas 1,3% delas - ou seja, apenas 15 Leões. Em 2008, foram premiadas 47 peças. O Brasil ganhou então quatro Leões.

Em impressos, dos sete troféus que serão anunciados hoje, três são para as campanhas da agência DM9DDB para os clientes: portal Terra, serviços de logística Fedex e a publicação Latin Stocks. Outros dois são da AlmapBBDO, para a Panamericana Escola de Arte e Design e para a ONG Greenpeace. Outro Leão é da agência Talent, para empresa de eletrônicos Sony-Ericsson. E o sétimo foi para a Publicis, pela campanha para a Oral B.

(Fonte: O Estado de S. Paulo - 23/06/09)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

7º Fórum de Pesquisa Cásper Líbero


Ontem, dia 27 de maio, estive no 7º Fórum de Pesquisa Cásper Líbero. Quando na faculdade entrei me lembrei da primeira vez que estive lá. Era fevereiro de 2001, eu estava mega confusa. Não tinha a menor idéia do que era cursar uma faculdade e muito menos o que era Relações Públicas. Mas não demorou muito para eu me apaixonar por essa faculdade e ainda mais pelas Relações Públicas.

No Fórum, tive a oportunidade de assistir explanação de Tânia Baitello, minha professora (eterna), mestra, orientadora, exemplo de profissional. Ela nos contou um pouco sobre sua dissertação de mestrado com o tema “Governança Corporativa e Comunicação Organizacional: Interfaces Possíveis”. Ela me esclareceu diversas dúvidas e anseios e me fez pensar em diversas perceptivas.

Foram apenas 20 minutos de explicação. Minha vontade era dizer para que ela continuasse noite a dentro, pois o tema e a forma a Tânia explanava estavam maravilhosas.

Além da Tânia, mais dois professores apresentaram suas pesquisas. Guilherme Grandi falou sobre Valoração de Resultados (mas depois quero dedicar um post a esse tema) e Cristina Valiukenas com um trabalho sobre Gestão do Conhecimento no Ambiente Empresarial.

Mas não foi só isso. Fiquei muito surpresa e feliz quando minha professora de Eventos do 3º ano, Ethel Pereira, lembrou do meu nome. Que delícia receber o carinho dos professores!

Quem quiser, ainda pode participar do Fórum no dias 28 e 29. Eu recomendo! Informações no site http://www.facasper.com.br/eventos/site/cursos_nota.php?id_secao=284

OBS.: TANIA, ESTAMOS ESPERANDO A PUBLICAÇÃO DO SEU LIVRO!!!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A sordidez humana


Esta semana, Lya Luft escreveu algo que está muito relacionado ao tópico abaixo. Ela tem muita razão no que diz. E, pra mim, esse texto não poderia ter sido publicado numa semana mais apropriada... Cobrinhas e cobrinhas circulando....

Lya Luft A sordidez humana

"Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça
alheia? Quem é esse em nós, que ri quando
o outro cai na calçada?"

Ando refletindo sobre nossa capacidade para o mal, a sordidez, a humilhação do outro. A tendência para a morte, não para a vida. Para a destruição, não para a criação. Para a mediocridade confortável, não para a audácia e o fervor que podem ser produtivos. Para a violência demente, não para a conciliação e a humanidade. E vi que isso daria livros e mais livros: se um santo filósofo disse que o ser humano é um anjo montado num porco, eu diria que o porco é desproporcionalmente grande para tal anjo.

Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça alheia? Quem é esse em nós (eu não consigo fazer isso, mas nem por essa razão sou santa), que ri quando o outro cai na calçada? Quem é esse que aguarda a gafe alheia para se divertir? Ou se o outro é traído pela pessoa amada ainda aumenta o conto, exagera, e espalha isso aos quatro ventos – talvez correndo para consolar falsamente o atingido?

O que é essa coisa em nós, que dá mais ouvidos ao comentário maligno do que ao elogio, que sofre com o sucesso alheio e corre para cortar a cabeça de qualquer um, sobretudo próximo, que se destacar um pouco que seja da mediocridade geral? Quem é essa criatura em nós que não tem partido nem conhece lealdade, que ri dos honrados, debocha dos fiéis, mente e inventa para manchar a honra de alguém que está trabalhando pelo bem? Desgostamos tanto do outro que não lhe admitimos a alegria, algum tipo de sucesso ou reconhecimento? Quantas vezes ouvimos comentários como: "Ah, sim, ele tem uma mulher carinhosa, mas eu já soube que ele continua muito galinha". Ou: "Ela conseguiu um bom emprego, deve estar saindo com o chefe ou um assessor dele". Mais ainda: "O filho deles passou de primeira no vestibular, mas parece que...". Outras pérolas: "Ela é bem bonita, mas quanto preenchimento, Botox e quanta lipo...".

Detestamos o bem do outro. O porco em nós exulta e sufoca o anjo, quando conseguimos despertar sobre alguém suspeitas e desconfianças, lançar alguma calúnia ou requentar calúnias que já estavam esquecidas: mas como pode o outro se dar bem, ver seu trabalho reconhecido, ter admiração e aplauso, quando nos refocilamos na nossa nulidade? Nada disso! Queremos provocar sangue, cheirar fezes, causar medo, queremos a fogueira.

Não todos nem sempre. Mas que em nós espreita esse monstro inimaginável e poderoso, ou simplesmente medíocre e covarde, como é a maioria de nós, ah!, espreita. Afia as unhas, palita os dentes, sacode o comprido rabo, ajeita os chifres, lustra os cascos e, quando pode, dá seu bote. Ainda que seja um comentário aparentemente simples e inócuo, uma pequena lembrança pérfida, como dizer "Ah! sim, ele é um médico brilhante, um advogado competente, um político honrado, uma empresária capaz, uma boa mulher, mas eu soube que...", e aí se lança o malcheiroso petardo.

Isso vai bem mais longe do que calúnias e maledicências. Reside e se manifesta explicitamente no assassino que se imola para matar dezenas de inocentes num templo, incluindo entre as vítimas mulheres e crianças... e se dirá que é por idealismo, pela fé, porque seu Deus quis assim, porque terá em compensação o paraíso para si e seus descendentes. É o que acontece tanto no ladrão de tênis quanto no violador de meninas, e no rapaz drogado (ou não) que, para roubar 20 reais ou um celular, mata uma jovem grávida ou um estudante mal saído da adolescência, liquida a pauladas um casal de velhinhos, invade casas e extermina famílias inteiras que dormem.

A sordidez e a morte cochilam em nós, e nem todos conseguem domesticar isso. Ninguém me diga que o criminoso agiu apenas movido pelas circunstâncias, de resto é uma boa pessoa. Ninguém me diga que o caluniador é um bom pai, um filho amoroso, um profissional honesto, e apenas exala seu mortal veneno porque busca a verdade. Ninguém me diga que somos bonzinhos, e só por acaso lançamos o tiro fatal, feito de aço ou expresso em palavras. Ele nasce desse traço de perversão e sordidez que anima o porco, violento ou covarde, e faz chorar o anjo dentro de nós.

(Revista Veja - Edição 2113 - ano 42 - nº 20)

quinta-feira, 23 de abril de 2009


Encontrei esse texto no blog da jornalista Rosana Hermann. Achei muito interessante, pois ela trata da imagem como algo muito mais relevante do que a identidade, os valores e a ética. Será que nossas empresas hoje também não são assim? Preocupadas com sua imagem sem estar atenta ao seu “conteúdo”?

“Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação. Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo,sentimento é bobagem. Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso. A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem? A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas… Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.”

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Espelho


Em meio ao convívio com profissionais de comunicação (relações públicas, publicitários, marketeiros, jornalistas, produtores, radialistas, etc) me deparei com vários tipos. No começo de minha carreira, eu achava que todos eram bacanas, que assim como aprendíamos na faculdade todos teriam ética em seu trabalho. Mero engano.

Pra mim, um bom profissional é aquele que estuda sua função, que está sempre atentos as novidades de sua área (e das outras que as influenciam), que tem humildade para ouvir aqueles que tem mais conhecimento e atenção para com aqueles que estão a menos tempo no mercado. E vai além disso. Ser um bom profissional não significa apenas ter conhecimento e inteligência. Precisamos lembrar que, acima de tudo, estamos lidando com pessoas.

Fazer leva e trás, puxar o tapete, desejar o fracasso, criar intrigas. Nenhuma dessas devem ser a atitudes de um bom profissional. Nossos sentimentos e atitudes são sempre enviados a um espelho e quando voltam, chegam em dobro até nós. Tenha boas atitudes, ética, respeito, comprometimento e é isso que você receberá em sua vida profissional e pessoal.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Imagem não é (quase) nada


É só olharmos para Dilma Rousseff que vemos uma mulher séria e fechada. Na verdade, mal enxergamos por trás de seus óculos e sua forte expressão no rosto, uma mulher...
Dilma integra o governo de Lula desde 2003 como Ministra de Minas e Energia. Trocou de cargo, passando chefiar a Casa Civil em junho de 2005. Os planos do presidente para a ministra vão mais além. Dilma se prepara para concorrer próximas eleições em 2010.
Pouco popular entre a maior parte da população, Dilma não possui algumas das qualidades básicas para conquistar os votos dos eleitores: carisma e popularidade, ponto forte para eleitores de Lula.
O processo de transformação da imagem da ministra já começou. Recentemente ela apareceu 10 quilos mais magra, sem óculos, com os cabelos ruivos e repicados e com plástica no rosto, que a deixou com um ar mais jovial.
Mas, até agora preocupou-se somente com a imagem, que segundo Margarida Kunsh “é o que passa na mente dos públicos, no seu imaginário, enquanto identidade é o que a organização (indivíduo) é, faz e diz.”
A imagem tem a ver com a percepção das pessoas, é algo intangível, algo abstrato de atributos e valores. Por outro lado, a identidade está diretamente relacionada com o real, o que a empresa ou indivíduo é ou faz, a soma total de todos os seus atributos.
O Lula já pediu para ministra se dedicar ao máximo ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), principal proposta do governo de Lula. A idéia é que a imagem de Dilma esteja associada ao Programa e seja a “candidata do presidente”.
“Ser conhecida é fácil. O difícil é ser vista como viável tanto para os políticos como para o eleitorado”, disse o publicitário Fernando Barros, responsável pela propaganda da Presidência da República, em entrevista à revista Veja (edição 2096). Fernando reafirma a idéia de necessidade de construção de uma identidade que siga paralelamente a uma imagem.
A construção de uma imagem positiva e uma identidade forte não se resume a apresentação visual favorável e a planos de divulgação do indivíduo. É tudo mais complexo. É preciso ser verdadeiro, transparente e responsável.