segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Imagem não é (quase) nada


É só olharmos para Dilma Rousseff que vemos uma mulher séria e fechada. Na verdade, mal enxergamos por trás de seus óculos e sua forte expressão no rosto, uma mulher...
Dilma integra o governo de Lula desde 2003 como Ministra de Minas e Energia. Trocou de cargo, passando chefiar a Casa Civil em junho de 2005. Os planos do presidente para a ministra vão mais além. Dilma se prepara para concorrer próximas eleições em 2010.
Pouco popular entre a maior parte da população, Dilma não possui algumas das qualidades básicas para conquistar os votos dos eleitores: carisma e popularidade, ponto forte para eleitores de Lula.
O processo de transformação da imagem da ministra já começou. Recentemente ela apareceu 10 quilos mais magra, sem óculos, com os cabelos ruivos e repicados e com plástica no rosto, que a deixou com um ar mais jovial.
Mas, até agora preocupou-se somente com a imagem, que segundo Margarida Kunsh “é o que passa na mente dos públicos, no seu imaginário, enquanto identidade é o que a organização (indivíduo) é, faz e diz.”
A imagem tem a ver com a percepção das pessoas, é algo intangível, algo abstrato de atributos e valores. Por outro lado, a identidade está diretamente relacionada com o real, o que a empresa ou indivíduo é ou faz, a soma total de todos os seus atributos.
O Lula já pediu para ministra se dedicar ao máximo ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), principal proposta do governo de Lula. A idéia é que a imagem de Dilma esteja associada ao Programa e seja a “candidata do presidente”.
“Ser conhecida é fácil. O difícil é ser vista como viável tanto para os políticos como para o eleitorado”, disse o publicitário Fernando Barros, responsável pela propaganda da Presidência da República, em entrevista à revista Veja (edição 2096). Fernando reafirma a idéia de necessidade de construção de uma identidade que siga paralelamente a uma imagem.
A construção de uma imagem positiva e uma identidade forte não se resume a apresentação visual favorável e a planos de divulgação do indivíduo. É tudo mais complexo. É preciso ser verdadeiro, transparente e responsável.