quinta-feira, 23 de abril de 2009


Encontrei esse texto no blog da jornalista Rosana Hermann. Achei muito interessante, pois ela trata da imagem como algo muito mais relevante do que a identidade, os valores e a ética. Será que nossas empresas hoje também não são assim? Preocupadas com sua imagem sem estar atenta ao seu “conteúdo”?

“Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação. Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo,sentimento é bobagem. Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso. A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem? A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas… Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.”

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Espelho


Em meio ao convívio com profissionais de comunicação (relações públicas, publicitários, marketeiros, jornalistas, produtores, radialistas, etc) me deparei com vários tipos. No começo de minha carreira, eu achava que todos eram bacanas, que assim como aprendíamos na faculdade todos teriam ética em seu trabalho. Mero engano.

Pra mim, um bom profissional é aquele que estuda sua função, que está sempre atentos as novidades de sua área (e das outras que as influenciam), que tem humildade para ouvir aqueles que tem mais conhecimento e atenção para com aqueles que estão a menos tempo no mercado. E vai além disso. Ser um bom profissional não significa apenas ter conhecimento e inteligência. Precisamos lembrar que, acima de tudo, estamos lidando com pessoas.

Fazer leva e trás, puxar o tapete, desejar o fracasso, criar intrigas. Nenhuma dessas devem ser a atitudes de um bom profissional. Nossos sentimentos e atitudes são sempre enviados a um espelho e quando voltam, chegam em dobro até nós. Tenha boas atitudes, ética, respeito, comprometimento e é isso que você receberá em sua vida profissional e pessoal.